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morfo-mapa:  territorialização da fluidez

escrito por a Andrógina   

 10 de setembro de  2022

símbolo memorial

relação corologia

geofísico e biofísico

morfologia de mapa, perspectiva de corpe

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Existe uma certa ignorância quando falamos em mapas. Documentos prontos que possuem uma validade quase vitalícia, quando, na verdade, se observados atentamente, muitas  vezes necessitam atualizações. Aquilo que conhecemos como mundo é uma grande perspectiva contada a partir de imagens, resultados de negociações que fogem de uma visão fixa ou facilmente controlada.

 

Uma historicidade constrói noções de geografia e mapeamento diferentes do que se conhece hoje. Para os gregos (V a.C), era possível uma leitura do mundo a partir de sentimentos imprecisos sobre as relações temporais (relatos e experiências com o ambiente, como uma majestosa montanha ou como o sol se põe um uma região).

 

Os sistemas dinâmicos de geografia desdobraram-se à medida que se iniciaram as grandes navegações e explorações, “uma geografia genuína, mas não crítica atingiu seu maior desenvolvimento nas numerosas descrições de viagem e especialmente nas cosmografias daquela época” (SAUER, 1925, p 19). Em outro momento, correntes de pensamento como o racionalismo e o positivismo conduziram a geografia, “e em certo ponto o complexo dos fatos em área foi substituído pela seleção de certos atributos, tais como clima, relevo e drenagem, sendo examinados como causa e efeito”. (Idem, p 20)


Trata-se de uma sequência de dados geográficos reunidos em mapas que caracterizam localizações e leituras do território, ou a descrição da paisagem. É nesse momento que se vê que a compreensão do espaço e a ação de mapeamento não só se desdobram, como são, também, ações que permitem o entendimento uma da outra em um conjunto de formas naturais e culturais associadas para a compreensão do  que está mapeado. Além de terra e água, possibilita-se a leitura de paisagens políticas e sociais, não impedindo a ressignificação dessas potências a serem mapeadas com nossos corpes e por nós mesmos.

texto revisado por Julia Bernardet.

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