top of page

Gênero: terra\território

de ninguém

escrito por a Andrógina   

20 de fevereiro de 2022

Instituições binárias estimulam uma lógica de gênero acreditando em uma falsa simetria/hegemonia sobre as identidades rasas e sexistas entre homem e mulher. 

 

Quando se trata destas identidades, ou qualquer outra, é preciso lembrar que são manifestações sociais humanas que partem de muitas outras territorialidades e que não recaem exclusivamente sobre ser macho ou fêmea, independente do que isso queira dizer.

 

Confrontar a condição de gênero é um exercício que estimula a democratização substancial dos corpos, já que ser homem e/ou mulher é um processo que envolve uma série de rituais de caráter social baseados em "desculpas biológicas". Rituais estes que são forçosamente repetidos (desde a infância) e que se tornam identidades compulsões, naturalizadas, mas não naturais, ou seja, nada do que torna alguém cis de fato lhe pertence até que se cumpra a exigência social.

 

A existência e inclusão de outras manifestações de identidade de gênero não é um desafio ou a queda de um império, mas sim a capacidade da humanidade de perceber que todes pisamos sobre uma mesma terra (sociedade), mas que gênero são territórios, assim como os papéis sociais e suas organizações, não são inerentes, não pertencem exclusivamente a ninguém, logo estimular caminhos para a democracia substancial entre corpxs (corpis).

texto revisado por Julia Bernardet.

bottom of page